Em uma passarela repleta de areia, Samuel Cirnansck desfilou um inverno carregado de texturas, brilhos e toques dramáticos que chegam a lembrar o figurino de espetáculos de ballet. A trilha sonora, de Jackson Araújo, marcada por uma melodia fundo característica de caixinhas de música, é complementada por uma pegada experimental que mistura sons variados, sussurros e vozes, criando dessa forma um ambiente único.
A apresentação dos looks segue uma seqüência que passa pelo branco, dourado e termina no negro, seqüência seguida também pela maquiagem, que é expressiva e marcante e tem como foco da atenção os olhos. Texturas criadas artesanalmente, a partir do processo de desfiar a seda, lembram pele, ou plumas menos delicadas e dão forma e volume a vestidos longos por vezes recortados nos ombros e com costas de fora. Drapeados aumentam o volume inicial causado pelo trabalho nos tecidos e as peças ganham um brilho glamouroso com os bordados em pedraria preta. Nas bordas dos vestidos, um acabamento também desfiado, babados e tule. A renda dourada e branca aparece com muitos bordados em linha, que resulta numa meia transparência.
O ponto marcante das peças é a cintura: bem ajustada em todos os momentos, chega a lembrar os clássicos espartilhos e aumenta ainda mais a sensação de volume presente nos ombros e quadris. Os tecidos utilizados foram a organza, gazar, cetim e musseline em seda, rendas e tules. Os sapatos apresentavam tons metálicos em prata e bronze, alguns de bico redondo e fechado tinham uma tela transparente e fina nas laterais, detalhe que marca a exclusividade característica do estila Samuel Cirnansck.
||Laís Souza, Postadora||
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