As principais marcas presentes na 19ª edição do Senac Rio Fashion Business tiveram um crescimento de vendas superior à mostra primavera-verão, em maio de 2011. O evento obteve um aumento nas vendas de 9,2% em relação à última edição outono-inverno, chegando a R$ 830 milhões.
A Agilitá teve 15% de crescimento nas suas três linhas, com 9 mil peças vendidas na Lit, na Fabulous duas mil peças vendidas e 6 mil peças vendidas na Agilitá. “A gente já tem clientes cativos, como a marca tem vinte e cinco anos. O stand esteve sempre cheio e movimentado.” comenta Luisa Carneiro, diretora de estilo da marca.
A carioca Afghan, de Isio Feldman, registrou mais de 240 atendimentos só nos dois primeiros dias, 50 a mais que na mesma fase da edição primavera-verão e projeta crescimento de quase 30% sobre a mostra de maio. Em três dias, a cearense Cholet, de Denise Roque, vendeu 42 mil peças, 40% acima da mostra primavera-verão, que normalmente registra volume de vendas maior. A meta de comercializar 50 mil peças deve ser cumprida até o encerramento dos negócios, às 20 horas de sexta, resultando em aumento de mais de 60% nas vendas.
A Limits registrou 40% de aumento nas vendas em relação à primavera-verão, e a também carioca Aviator, que conquistou quase 20 novos clientes, ”feito expressivo num evento de negócios da moda essencialmente dominado por multimarcas voltadas ao público feminino”, afirma Sperandei. A estreante Via Mia está bastante satisfeita com o resultado das vendas e com a conquista de 40 novas cidades do Norte, Centro-Oeste e Sul.
A Botswana cresceu 10% em relação à mostra primavera-verão. A Chow conquistou novas praças no Sudeste e no Centro-Oeste. A Maria Filó abriu novas frentes em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, Bahia, ES, GO e até no Amapá. O Grupo Sacada/Oh,Boy!/Addict registrou média de crescimento de 20% também em relação à última edição, assim como a Cavendish, que, mesmo com uma linha feminina mais clássica, também recebeu 10% a mais de encomendas. A carioca Verty teve vendas 60% superiores ao inverno passado e conquistou representantes em dois novos estados: Mato Grosso e Rondônia, além do reforço em cidades onde não estava presente.
Entre as 76 pequenas e microempresas dos 15 estandes do Programa Núcleo Criativo, os destaques foram as marcas de Petrópolis e Região Serrana, de Niterói e do Sul Fluminense. As vendas do grupo Natal Pensando Moda superaram R$ 300 mil, acima das expectativas. Foram tantas encomendas de maxicolares da S Design, uma das marcas, que a proprietária Sheila Morais aumentará em 50% seu contingente de funcionários para atender aos pedidos.
Dando uma visão geral sobre a feira, Luisa Carneiro comentou um pouco sobre a nova locação “Esse espaço é muito bacana porque é na Zona Sul, é tão glamouroso quanto a Marina da Glória, mas o Jockey é mais aconchegante.” Pontuou algumas questões como falhas na infra-estrutura do lugar e problemas com a climatização. E apesar de concordar que a segmentação entre diferentes temas e a antecipação no calendário proposta por Eloysa Simão, diretora geral do evento, contribui para a melhor organização do fechamento da produção nas confecções e recebimento dos tecidos, acredita ser necessário criar um calendário “em virtude do nosso tempo, do nosso cliente, das nossas indústrias, das nossas estações.” A diretora de estilo da Agilitá acrescenta ainda que está na hora do Brasil começar a olhar para si mesmo e lançar tendências, ao invés de seguir somente o que é ditado pela moda européia e americana.
||Laís Souza, Postadora||
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